Relação Terapêutica e Intervenção Psicológica

A relação terapêutica é a base do processo psicoterapêutico. É a partir da relação estabelecida entre o psicólogo e o paciente que o sucesso da intervenção se determina.

Quanto maior for a empatia, segurança e confiança sentidas maior será a probabilidade de os objetivos terapêuticos serem alcançados. Uma relação terapêutica forte pauta-se, sobretudo, pelo sentido de compromisso, escuta ativa e compreensão sem julgamentos, confiança e sigilo profissional.

Destaco as principais áreas de intervenção psicológica que trabalho em consulta: Ansiedade, Depressão, Luto, Dor Crónica, Perturbações da Personalidade, Perturbações do Comportamento Alimentar, Perturbações de Stress Pós-Traumático e Dependências.


Ansiedade

A ansiedade está associada à insegurança, à preocupação e ao medo. Quando patológica traduz-se em mal-estar físico e emocional clinicamente significativo e/ou em défice no funcionamento social, ocupacional ou em qualquer outra área de vida. Uma pessoa diagnosticada com perturbação de ansiedade generalizada revela uma preocupação excessiva, uma apreensão expectante e uma intolerância à incerteza face ao mundo que a rodeia. Uma pessoa insegura pode tornar-se uma pessoa ansiosa.

Viver com uma perturbação de ansiedade generalizada ou de ansiedade social pode ser incapacitante. Através da psicoterapia é possível encontrar a origem da ansiedade e, transformar a insegurança de base, em confiança e segurança, permitindo ao paciente melhor gerir a sintomatologia associada. 

Há luz ao fundo do túnel da preocupação.

Luto

Um processo de luto é sempre delicado. Não há manuais ou fórmulas mágicas que nos ensinem a lidar com uma perda. É um processo individual e cada um de nós gere os sentimentos que lhe estão associados de maneira diferente. Há pessoas que expressam a sua dor através do choro, outras nunca choram. Há pessoas que se isolam e não conseguem ir trabalhar e outras que encontram no trabalho um escape para ocupar o pensamento. Outras sentem necessidade de partilhar o seu sofrimento e pedem ajuda e ainda há as que lidam com a mesma em silêncio. Por vezes há quem experiencie estes estados todos. É preciso respeitar o tempo de cada um. A tristeza tem um lado adaptativo e ao longo do tempo conduz-nos a uma ação e mudança. Não reprimir os sentimentos que estão associados a essa perda é muito importante. O caminho que nos leva à aceitação pode ser longo mas é possível aprender a viver com o vazio que essa perda nos traz. 

Perturbações do 

Comportamento Alimentar

O nosso estado emocional é regulador do apetite e influencia a forma como comemos. As Perturbações do Comportamento Alimentar (PCA'S) são mais prevalentes na mulher e afetam significativamente a vida quotidiana da doente. Quando falamos de PCA'S, referimo-nos a Anorexia Nervosa, Bulimia e Transtorno do Comer Compulsivo. Estes distúrbios geralmente têm início na adolescência e podem prolongar-se pela idade adulta. São multideterminados, com características psicopatológicas comuns e afetam severamente a saúde física, mental e emocional da doente. O acompanhamento multidisciplinar é fundamental para o sucesso do tratamento e sua manutenção.

Perturbações da Personalidade

São as características ou traços de personalidade que nos distinguem dos demais e que definem a unicidade de cada um de nós. A infância assume um papel determinante na construção e expressão da personalidade. São 5 as necessidades emocionais nucleares que quando não satisfeitas durante a infância, em combinação com o estilo parental, desencadeiam o desenvolvimento de perturbações da personalidade. Falamos, assim, de vinculação segura (carinho, amor, aceitação e proteção); oportunidades para o desenvolvimento da autonomia, competência e identidade; liberdade para expressar de forma genuína emoções e necessidades; limites realistas e facilitadores do autocontrole e de momentos de espontaneidade e diversão. São Perturbações de Personalidade os seguintes exemplos: Perturbação Obsessivo-Compulsiva da Personalidade, Perturbação Antissocial da Personalidade (Psicopatia), Perturbação Estado-Limite da Personalidade (Borderline), Perturbação Narcísica da Personalidade, Perturbação Dependente da Personalidade.

Depressão

A depressão é considerada a perturbação mental mais comum. Estima-se que na Europa afete cerca de 30 milhões de pessoas. Uma pessoa com depressão tem 50% mais incapacidade do que alguém com um diagnóstico de angina de peito, artrite, asma ou diabetes.

É a doença que mais contribui para os 800.000 suicídios anuais.

Qualquer um de nós pode desenvolver um quadro depressivo e são inúmeros os acontecimentos de vida com potencial gerador de sintomatologia depressiva. Uma pessoa deprimida pode ter dificuldade em executar tarefas simples como tomar banho, preparar uma refeição, sair de casa para ir deitar o lixo no contentor ou passear o cão.

A depressão quando não tratada pode tornar-se crónica. Procurar ajuda profissional é o primeiro passo para o alívio da sintomatologia depressiva e consequente melhoria da qualidade de vida e bem-estar emocional.

Dor Crónica

"Toda a dor é bastante real para quem a tem; todos necessitam igualmente de compaixão."

Andrew Miller, Ingenius Pain

A dor não é, apenas, uma experiência puramente sensorial. Também tem um forte impacto emocional para quem sofre de dor crónica resultado de uma condição vulnerável de saúde física. Viver com uma dor crónica pode ser extremamente desgastante do ponto de vista psicológico. A dor crónica é, assim, resultado de uma interação entre fatores fisiológicos e psicossociais, que prejudica o funcionamento social e profissional do doente com implicações severas na sua qualidade de vida em geral. A psicoterapia em combinação com outras abordagens terapêuticas revela-se eficaz na medida em que permite ao doente melhor gerir as emoções negativas associadas ao sofrimento psicológico presente.

Perturbações de 

Stress Pós-Traumático

As Perturbações de Stress Pós-Traumático são perturbações de reação ao stress resultantes de acontecimentos de vida traumáticos como, por exemplo, acidentes graves, agressões, violência ou abuso sexual, desastres naturais, guerra ou outros acontecimentos ameaçadores para a segurança ou vida da pessoa. São acontecimentos que ultrapassam, em intensidade, as experiências comuns e que se manifestam de forma repentina e inesperada, revelando-se de forte impacto emocional com implicações severas na qualidade de vida em geral da pessoa afetada. Contudo, também há outras situações ou eventos que podem ser considerados traumáticos. Um divórcio, o aparecimento de um cancro ou a morte de um filho podem constituir traumas. A psicoterapia é um dos meios para a superação de acontecimentos traumáticos e recuperação do equilíbrio emocional necessário a uma vida com saúde mental.

Dependências

A prevalência de pessoas que sofrem de dependências é, atualmente, cada vez mais evidente. Pode-se dizer que existem 2 tipos de dependências: a dependência física e a dependência psicológica, embora seja difícil dissociarem-se uma da outra. As dependências conduzem a pessoa a determinado tipo de comportamentos repetidos ao longo do tempo, por necessidade de obtenção de prazer, satisfação e bem-estar imediatos. O estímulo, situação, objeto ou consumo varia de acordo com o tipo de dependência. As dependências mais prevalentes são o jogo patológico, a adição a compras (oniomania), a adição ao sexo (comportamento sexual compulsivo) e o consumo de álcool, drogas ou medicamentos. Este tipo de comportamentos são atitudes aprendidas. Apresentam uma forte componente de compulsividade e impulsividade, são acompanhados de uma sensação de gratificação emocional, alívio da ansiedade ou angústia, manifestam caráter de urgência e uma incapacidade em ser suprimidos. Para além disso, também são maladaptativos e as pessoas que revelam este tipo de problema geralmente não reconhecem que o adotam e o fazem perdurar no tempo. O comportamento dependente pode ser tratado com recurso à psicoterapia.

Pode esclarecer todas as suas dúvidas através do envio de uma mensagem. Terei todo o gosto em poder ajudá-lo(a)!

Verónica Crespo
Psicologia & Saúde Mental 
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